quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O morto vive de lembranças.

O som que parece ensurdecedor. não sei bem o que é mas me faz bem, induz ao erro, gosto disso. Estou com medo. Alucinação, preciso descarregar adrenalina. Meu sangue é diferente de ontem, me sinto bem assim. Quero dirigir 300 kms e chegar a um lugar abandonado. Parar o carro no meio da estrada e deitar no campo de centeio. Conversar com o espantalho a meia noite, saber o que ele pensa sobre abutres. Interessante. Vou vivendo assim, sem programar: Sabendo que hoje é muito cedo e amanhã é muito tarde. Está frio, quero voltar. O espantalho não quer conversa. Parece assustado, pode me matar. É melhor eu ir embora daqui. Pra onde? Procurar alguem pra conversar. Nem que seja sobre planetas. Planetas distantes. Quero procurar algum. Posso ir a qualquer um deles. É isso, vou até la. Largo o meu carro perto de casa e vou andando. Posso chamar o espantalho. Ou não seria seguro? Ele não gosta de estranhos. Eu não sou estranho, sou normal. Uma pessoa normal com ideias estranhas. Estranho, tudo estranho. Ou não.